Monday, April 23, 2007
Thursday, November 09, 2006
Parabéns, Bianca
Muito bem!
Até agora só vc respondeu sobre o Igarapé. Acertou, é um braço de rio sim. Mas quero saber mais coisas sobre isso. Quem vai responder?
Poemas

Numa lenda linda
chamada Macunaíma
Acontece um amor impossível,
O Sol se apaixona pela Lua
e a Lua pelo Sol.
O amor era tanto que resolveram criar um eclipse
O Sol engoliu a Lua num só abraço,
Ele abraçou tanto,
Que a lua ficou num só amasso.
A Lua era elegante,
E o Sol muito brilhante.
E assim o amor ficava cada vez mais radiante.
O Sol era tão apaixonado pela Lua,
que era capaz de cometer loucuras.
O amor era tao intenso
que de tanto a Lua chorar,
se transformou em um rio imenso.
Quando o amor se realizou o rei da floresta;
resolveu fazer uma festa
Desse amor nasceu um menino e
seu nome era Macunaima.
Ele era um grande defensor da natureza,
Adorava fazer isso, pois isso, era sua riqueza.
Bruna Caroline e Bianca Machado
Vou contar uma história pra vcs:
era uma vez,
uma época em que o Sol amava a Lua.
O mesmo acontecia com a Lua
Demoraram.
Mas eles se encontraram.
Eles deram um beijo esquisito
que até geraram um filho.
O seu nome era Macunaíma,
que recebeu de presente do Tupã
uma árvore cheia de maçãs
e outros frutos.
Mas nao tem truta
Na tribo onde Macunaíma morava
cortaram a árvore e pegaram todos os frutos, inclusive a amora.
Macunaíma viu e com raiva ficou
e a floresta estranha ficou
Mateus A. dos Santos e Thiago de O. Morais
Lua e Sol se amavam,
mas nunca se encontravam.
Um sumia,
o outro aparecia
Nunca se encontravam
e tristes choravam.
Loucamente sonhavam,
e tristes suspiravam
Dia após dia.
Noite após noite.
Sonhavam em se encontrar,
mas isso iria demorar
Sem forças para acreditar
que isso iria se realizar.
Em uma bela noite de luar
seu sonho iria se realizar
Porque um eclípse iria acontecer
E a Terra iria estremecer
Jefferson F de Souza Pereira e Francisco A. Galvao de Oliveira
O amor do Sol e da Lua
é um amor tao lindo,
mas um amor proíbido.
O amor do Sol e da Lua
que deixa um lindo dia
e uma linda noite.
Todos se apaixonam com esse lindo amor,
mas nao podiam nada fazer
Mãe Natureza falou.
Esse amor é como todos vai acabar
Mas nao acabou
E nunca acabará
Tamires Teles e Bianca Rafaela

Eu fiquei sabendo q a senhora fez que o sol e a lua se encontrassem. A senhora foi muito bacana e é até hoje, para todos nós.
A senhora sempre foi muito bonita. Essas mágicas que a senhora faz sao lindas, principalmente o pôr do sol, ele é lindo !!!
Mas não é só por isso q a senhora é especial, tem muitas outras coisas lindas nesse mundo, a senhora é toda especial hoje e sempre.
Henrique da Mota Palma
Oi Mãe Natureza, obrigado por você criar o eclípse, e unir o Sol e a Lua para sempre !!!
Beijos,
Oi lua,
Seu amor pelo sol é muito bonito, qualquer pessoa q ouvir tua historia vai se emocionar e admirar, porque nesse mundo de hj o q mais se precisa é de amor.
Sem a esperanca de poder conquistar o q mais queremos, sofremos, mas vc nos deu um exemplo de batalhar pelos nossos objetivos e sonhos.
Se colocarmos o amor em ação, o resultado disso tudo vai ser uma obra prima
Abraços
Andreza e Rebeca
Tuesday, October 31, 2006
Carta

Nós adoramos a sua historia e essa lenda nos chocou muito
Continue escrevendo essa historia porque vai fazer muito sucesso...
Tchau
Você ficou muito feliz Macunaíma nasceu de seu choro, mas ficou triste porque os invejosos destruiram a árvore de todos os frutos.
E entao, o povo indígena conheceu a fome, doenças e a pobreza.
Eu queria que você ajudasse ele nessa hora tão difícil, pois você é a mãe dele, e que o sol o apoiasse também nessa hora.
Obrigado,
Elielton Luiz Santos
Oi Elielton. Obrigada pela sua carta. Inveja é uma coisa muito ruim mesmo. Acaba por atrapalhar todo mundo. Mas as coisas já se resolveram lá na floresta. Todos ajudaram, pois na hora do aperto cada um pode fazer um pouquinho. A gente, índios e brancos, amarelos ou negros pode se dar as mãos e tratar de melhorar o mundo, não acha?
Beijão.
Wednesday, October 25, 2006
Recadinhos
Vocês sabem o que é um igapó?
Aqui no Norte do Brasil não existe frio. Imaginem uma terra em que nunca a gente põe casaco e ninguém tem cobertor em casa. Eu nunca vi frio aqui, nem de leve. O inverno é só a estação que chove mais. Todo dia cai um enorme toró. Por uns seis meses a chuva vem com uma força impressionante e o resto do ano chove pouco. Com isso os rios - e tem MONTES deles - enchem e invadem as margens. Aquelas árvores imensas ficam com uma parte do tronco dentro d’água, outras somem no fundo dos rios.
É bonito demais.
Isso é um igapó. A floresta inundada. Parecem cavernas em que o chão é de água e o teto de árvores cheias de papagaios, araras, tucanos e outros passarinhos empoleirados. Tudo refletindo na água. A gente olha e não sabe onde é a árvore e onde é o reflexo dela. Um mundo encantado, parece mágica. Os peixes vêm aos montes também porque tem muita comida. As frutinhas caem das árvores e eles fazem a festa. Os bichos vêm beber ali e os jacarés ficam só de olho. Quando um distrai ele crau.....
É um espetáculo maravilhoso, uma das coisas mais bonitas da Amazônia.
Vou botar aí umas fotos para vocês verem.




Agora, vamos lá.... Quem aí sabe o que é um igarapé? Quero ver quem sabe. Vale perguntar pra prof. de Geografia. E depois vcs vêm aqui e dizem lá nos comentários.
Combinado?
Recadinhos.
Poemas, desenhos e cartas

André e Marcos Vinicius. Que tristeza se ficar longe de quem se gosta. Olha só a cara dos dois.
Beijão
A lua brilha
E o sol chora
A floresta ama
E o amor chora
A lua canta
E eles amam-se
A nuvem dança
E lança a todos uma
Nova esperança
Felipe A. Alves, Henrique D. Souza, Nilton N. Junior
Sou o Jefferson da 5 série A, e queria te dizer que adorei aquele encontro de você com a Lua, senti uma coisa especial, e queria saber o que você sentiu também naquela hora linda, em que você a engoliu com seus raios...Tchau !!!
Jefferson
Poemas,desenhos e cartas

A paixão
O amor acabou
E a paixão terminou
E a Lua e o Sol
não se encontraram
Os animais foram
falar com mãe natureza
para tirar toda tristeza
Do Sol e da Lua
Que amanhece e entardece
nossas vidas
Mãe natureza criou o eclipse
E o eclipse fez com que
Lua e Sol se encontrassem
E vivessem felizes ate o
resto de suas vidas
Luana Aparecida da Silva e Paloma S de Araújo Pereira
Você foi muito gentil e realizou um desejo muito importante do Sol e da Lua.
O eclípse foi muito preciso para nascer Macunaíma. Muito importante e muito bonito.
Tchau, Mãe Natureza e não se esqueça que adorei a história e por isso que escrevi essa moral : O amor não é impossível !!
Beijos,
Sunday, October 22, 2006
Cartas e poemas
Existe um amor
entre o sol e a lua
que atravessa as fronteiras
entre o sofrimento e a dor
E apesar da saudade
é um amor puro
e de verdade
E que sempre vai durar
cada vez mais forte
uma paixão que vem do peito
e leva até a morte
Esse amor era tão triste
e em conseqüencia disso
criaram o eclípse
Luca Ferreira e Rodrigo B. Natal
Sei que não nos conhecemos muito bem, mas queria lhe perguntar como vai o seu amor com o Sol ?
É, mas vamos mudar de assunto, não é isso que importa agora, e sim nos conhecermos um pouco mais. Somos Monique e Gabriela. A Monique tem 12anos e eu tenho 11.
Queríamos muito ser suas amigas, por isso estamos lhe mandando esta carta, espero que a receba de bom coração e aceite a nossa proposta !
Beijos,
Monique e Gabriela
O amor mais impossível do mundo :
Lua e Sol
Pois era como invisível
A Lua se apaixonou
pelo Sol,
e o amor a fisgou
como um anzol
E Deus para esse
amor realizar
fez o eclípse
sobre a Lua
Macunaíma foi o fruto
desse amor
O impossível
que Deus realizou
Quando Macunaíma foi viajar,
os invejosos decidiram
a grande árvore matar
Quando Macunaíma voltou
viu sua árvores morta,
entao pediu a Deus
que trouxesse sua árvore de volta
Seu pedido
Deus realizou,
com muito carinho, fé e amor
Macunaíma muito feliz ficou
e seu coração de amor completou
E o fim dessa história chegou
E esse romance nunca mais acabou
Olá Tainara e Ana Carolina, gostei muito do poema. É importante cuidarmos das nossas arvores não acham? Sem elas a vida seria quase impossível.Beijo para as duas.
***
Oi, Mãe Natureza.
Sou a Jennifer Ellen, estudo na EE Prof. Juvenal Machado Araújo, na 5 série A.
Eu queria te dizer que adorei a história do Macunaíma e que você faça uma árvore nascer para Macunaíma parar de chorar.
Vou adorar muito se você me responder.
De sua amiga desconhecida
Jennifer.
Olá Jennifer. A Mãe Natureza pede que eu lhe diga que ela já providenciou uma nova árvore.Mas manda lhe dizer também que a tarefa de plantar árvores é de todos nós. Ultimamente andamos maltratando muito a Mãe Natureza. Precisamos tomar cuidado com isso. Beijão.
O povo macuxi
Muitos povos vivem em Roraima. O macuxis, o yanomamis, o paurepang e vários outros.
Os macuxis são a maioria, uma população calculada em 20 000 pessoas.
Hoje são aculturados, isso quer dizer que já vivem de uma forma mais parecida com a dos brancos. Moram em aldeias, e mesmo nas maiores delas as casas de tijolo estão ao lado das que ainda são de barro e cobertas com folhas de palmeira. São grandes vaqueiros e cavaleiros.
Nas escolas da aldeia eles aprendem três línguas: inglês, português e macuxi. Isso é muito importante, a língua de um povo não pode se perder. Tem um poeta brasileiro, não me lembro qual que diz: minha língua é minha pátria. E isso é verdade. Vejam, como é possível ser um cidadão sem dominar perfeitamente sua língua? Isso mostra a vocês a importância do estudo da língua portuguesa. Apesar de todas as dificuldades em que vivem os índios fazem questão de preservar sua língua.
Como todo povo índio eles reúnem-se para ouvir as histórias contadas pelos velhos. A isso se chama história oral. Assim que os índios passam de pai para filho, há muitos séculos, as aventuras dos seus antepassados. Índio não escreve livro, índio conta suas histórias.
Vivem da criação de gado e da agricultura. Muito pouco da caça e da pesca.
Por estarem mais longe dos centros brancos tiveram sorte. Ainda sobrevivem 20 000 deles, o que é uma raridade nesse país. Centenas de nações foram dizimadas, centenas de línguas desapareceram desde que o Brasil foi descoberto, vitimadas pela ganância do povo branco.
Hoje os macuxis lutam para que suas terras sejam demarcadas. Embora isso já exista em lei ainda não foi aplicada. Vocês podem pedir para sua professora de Historia que lhes explique essa coisa de demarcação de terras indígenas. É importante que saibam que, no Brasil, principalmente aqui no Norte e nos confins do Mato Grosso, nossos índios ainda são vítimas da exploração do homem branco. É preciso que todos nós saiamos em sua defesa.
Um país só pode crescer se souber conviver e respeitar sua diversidade.
Existe um site do Instituto Sócio Ambiental que merece ser visitado por aqueles que se interessarem em aprender mais sobre nossos índios. Vejam clicando aqui: Inst. Sócio Ambiental povos indígenas do Brasil.


Dança macuxi
Crianças mucuxis. Essa foto da direita eu sei que é do Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo. E é BRASILEIRO
Festa macuxi.
Mais dança macuxi
Saturday, October 21, 2006
Macunaima
Fiz esse blog aqui para poder mostrar todos os trabalhos que vocês estão fazendo sobre minhas histórias. E responder as cartas também. Fiquei impressionada com as coisas bonitas que escreveram, com os lindos poemas e estou agora esperando os desenhos. Vou colocar todos que chegarem até mim. E quero dar parabéns. Parabéns para vocês, aos seus pais, para a Prof. Iva e para a diretora da escola. Conhecer um pouco a Amazônia é quase descobrir um novo Brasil. E se preparar para cuidar dele, afinal é o nosso país. Vamos fazer isso juntos. É importante saber mais sobre nossos índios também. Centenas de meninos e meninas como vocês, que também estudam, brincam e amam a terra em que nasceram.
Mas vamos deixar de falatório e trabalhar.
Primeiro vou por a história do Macunaíma e umas fotos para vocês verem o Monte Roraima, onde ele nasceu.
Lenda do povo Macuxi, habitante de Roraima, fronteira entre Brasil e Guiana.
População: 20 000 pessoas.
O Sol estava apaixonado pela Lua, a Lua pelo Sol e era um triste caso de amor. Todas as manhãs ele se apressava para chegar ao céu, na esperança de ainda encontrá-la. Era inútil. Ela já havia ido embora. Nas tardes ele tingia as nuvens de todas as cores do arco íris, enfeitava-se de vermelhos e amarelos pensando que sua amada ia chegar. Mas ela sempre demorava e ele tinha que partir. A Lua se desesperava. Também ela corria atrás do Sol. Às vezes minguava, chorando inconsolável, às vezes enchia, ficava enorme e luminosa, toda plena de esperança. E por milhares de anos foi assim. Um amor que não se consumava. Em algumas tardes, a Lua conseguia escapar e vinha espiar o Sol, mas estava ficando tão fraca que ele não a percebia.
Nas terras de Roraima, na montanha mais alta, existia um lago muito azul e cristalino formado pelas lágrimas da Lua quando chorava pelo Sol. Ela passava noites e noites ali, debruçada, lastimando-se de saudade, lamentado a ausência do amado, derramando-se em dor e tristeza. Tanto chorou que os pássaros e os animais da floresta foram interceder por ela junto a Mãe Natureza. Ela ouviu-os atentamente e respondeu:
- O que me pedem é impossível. O Sol deve iluminar os dias e a Lua as noites. Essa é a ordem natural do mundo e não pode ser alterada. Um dia esse amor vai acabar como acabam todos os amores.
Milhares de anos se passaram e nada. O amor dos dois era cada vez mais forte e mais sofrido. O pequeno lago de lágrimas estava quase transbordando e os pássaros preocupados voltaram a procurar a Mãe Natureza. Penalizada com toda aquela tristeza ela resolveu dar um jeito na situação. Era preciso que eles se encontrassem ao menos de vez em quando. Depois de muito pensar ela criou o eclipse.
Um dia o Sol cruzou com a Lua no imenso céu azul. Ele, imenso e resplandecente, a engoliu toda em um enorme abraço de amor. Os pássaros e os bichos ficaram imóveis e calados diante de tanta felicidade. O mundo apagou-se por algum tempo para permitir aos dois maiores intimidades. Foi então que as franjas de luz do Sol, que brilhavam em volta da Lua, se espelharam no lago da montanha. As águas, feitas da dor de saudade, agitaram-se com alegria e delas nasceu Macunaíma, o curumim das montanhas de Roraima.
Macunaíma foi adotado pela tribo Makuxi e ali cresceu até tornar-se um guerreiro inteligente e corajoso. Tinha bom coração e foi escolhido por Tupã para ser o guardião da “Árvore de todos os frutos”, que existia perto do lago. Era uma árvore imensa e com um tronco tão grosso que seriam necessários dez homens para o rodear. Nela brotavam bananas, abacaxis, tucumãs, pupunhas, açaís e todas as deliciosas frutas que existem. Tinha sido um presente de Tupã pelo nascimento de Macunaíma, só ele podia recolher os frutos da árvore e dividi-los entre todos os Makuxis. A cada lua Macunaíma dirigia-se para a árvore, seguido pelas mulheres da aldeia que carregavam grandes cestos trançados com fibra de buriti. Os índios regalavam-se com aquelas gostosuras, havia fartura e as crianças cresciam saudáveis e fortes.
Passadas muitas luas, a ambição e a inveja começaram a tomar conta de certos corações na tribo. Alguns índios diziam que Macunaíma deveria tirar galhos da árvore e plantá-los para que nascessem muitas árvores como aquela. O herói dizia que Tupã havia proibido isso e que a árvore era de Tupã; deviam, portanto, obedecer-lhe.
Certa vez Macunaíma teve que fazer uma viagem e os índios invejosos, aproveitando-se de sua ausência, foram até a árvore e tentaram colher seus frutos. Cada fruto que tocavam escapulia e arrebentava-se no chão. Enfurecidos, arrancaram muitos galhos e foram plantá-los perto dali. A árvore começou a murchar e morrer.
Quando Macunaíma voltou, as mulheres, chorando envergonhadas, pegaram-no pela mão e levaram-no até a beira do lago. A “Árvore de todos os frutos” estava morta e dela só restava uma enorme ramaria seca. Macunaíma ficou furioso. A raiva dele foi tão fulminante que toda a floresta pegou fogo. Depois disso as árvores se transformaram em pedra, os pássaros voaram para longe, os bichos desapareceram e os rios secaram. Os índios então conheceram a fome, apareceram doenças e começaram a morrer. Alguns fugiram para outras terras, dispersando-se a tão valente aldeia Makuxi.
Dizem alguns pajés que, até hoje, quem for ao Monte Roraima vai escutar os gemidos de Macunaíma chorando pela árvore de Tupã.
O monte Roraima é o sétimo ponto mais alto do Brasil, tem 2727 metros de altitude. Reparem que ele tem uma forma esquisita que se chama “forma de mesa”. Faz parte de um grupo de montanhas chamadas de Tepui. Só uma parte dele encontra-se no território brasileiro, o restante divide-se entre a Venezuela e a Guiana Inglesa.