Tuesday, October 31, 2006

Carta


Oi, Macunaíma, aqui é Aureana e Estela...queremos saber se voce ainda chora, e se as arvores ainda estao petrificadas
Nós adoramos a sua historia e essa lenda nos chocou muito
Continue escrevendo essa historia porque vai fazer muito sucesso...
Tchau
Aureana e Estela
Oi Aureana e Estela, já cansei de chorar e agora é bola pra frente. Mas a Mãe natureza já deu um jeito nas árvores e a floresta está linda!!! Adorei a foto de vcs.
Beijos
Na foto: Estela, Gabriela, Monique e Aureana.- Quinta série A
***
Oi, Lua.

Você ficou muito feliz Macunaíma nasceu de seu choro, mas ficou triste porque os invejosos destruiram a árvore de todos os frutos.
E entao, o povo indígena conheceu a fome, doenças e a pobreza.
Eu queria que você ajudasse ele nessa hora tão difícil, pois você é a mãe dele, e que o sol o apoiasse também nessa hora.

Obrigado,

Elielton Luiz Santos

Oi Elielton. Obrigada pela sua carta. Inveja é uma coisa muito ruim mesmo. Acaba por atrapalhar todo mundo. Mas as coisas já se resolveram lá na floresta. Todos ajudaram, pois na hora do aperto cada um pode fazer um pouquinho. A gente, índios e brancos, amarelos ou negros pode se dar as mãos e tratar de melhorar o mundo, não acha?
Beijão.
*********
O que é um IGARAPÉ????

Wednesday, October 25, 2006

Recadinhos

Bruna e Bianca Muito bom que vcs gostaram. Quero só ver se vão me responder o que é um igarapé. Beijos.
Tiago e Mateus, é que o desenho de vcs está muito bonito mesmo. Vão me mandar mais desenhos? Mandem que eu ponho sim. Beijos.
Rodrigo e Lucas o poema de vcs é muito especial. Eu ADOREI. Beijos
Aureana e Estela. Que tal pedir pra prof. de Geografia mostrar onde é a Venezuela? Sabe que é um pais de praias lindas? Beijos
A prof Iva me contou a farra que vcs fizeram na sala de Informática. E que ficaram muito contentes também. Eu adorei saber.
Quem vai responder o que é um igarapé?
Beijosssss

Vocês sabem o que é um igapó?

Aposto que não. Pois vou lhes contar.
Aqui no Norte do Brasil não existe frio. Imaginem uma terra em que nunca a gente põe casaco e ninguém tem cobertor em casa. Eu nunca vi frio aqui, nem de leve. O inverno é só a estação que chove mais. Todo dia cai um enorme toró. Por uns seis meses a chuva vem com uma força impressionante e o resto do ano chove pouco. Com isso os rios - e tem MONTES deles - enchem e invadem as margens. Aquelas árvores imensas ficam com uma parte do tronco dentro d’água, outras somem no fundo dos rios.
É bonito demais.
Isso é um igapó. A floresta inundada. Parecem cavernas em que o chão é de água e o teto de árvores cheias de papagaios, araras, tucanos e outros passarinhos empoleirados. Tudo refletindo na água. A gente olha e não sabe onde é a árvore e onde é o reflexo dela. Um mundo encantado, parece mágica. Os peixes vêm aos montes também porque tem muita comida. As frutinhas caem das árvores e eles fazem a festa. Os bichos vêm beber ali e os jacarés ficam só de olho. Quando um distrai ele crau.....
É um espetáculo maravilhoso, uma das coisas mais bonitas da Amazônia.
Vou botar aí umas fotos para vocês verem.




Agora, vamos lá.... Quem aí sabe o que é um igarapé? Quero ver quem sabe. Vale perguntar pra prof. de Geografia. E depois vcs vêm aqui e dizem lá nos comentários.
Combinado
?

Recadinhos.

Olá pessoal
Estou recebendo os recados de vcs. Mas, André, o blog não é meu não. O bolg é nosso. Meu, seu, dos seus colegar todos, da Prof Ivaneide e da Prof Vânia e de todo mundo que quiser participar. A idéia nem foi minha, foi da Prof Iva que está tão orgulhosa de vcs que me mandou os trabalhos.
Elielton, vou por seu trabalho sim, fica descansado. É que ainda não deu tempo de por todos. Cada dia um pouquinho ok? Peçam meu endereço para a professora e podem me mandar tudo que quiserem postar aqui no nosso blog.
Monique e Gabriela, adorei o recado das duas.
Bianca e Bruna um dia vcs vêm conhecer o norte do Brasil e vão ver a beleza do Mte Roraima.
Aureana e Estela, vou por sim a carta de vcs. Fiquem espertas que vai sair logo.
João Marco e Eliel, que bom que gostaram. Vamos escrever muitas histórias juntos.
Tainara, Bianca e Ana carolina. Que nomes bonitos vcs têm heim?Meu livro logo logo vai estar nas livrarias. Mas antes disso vamos escrever histórias juntas?
Meninada vale tudo. Vcs podem mandar fotos da sua cidade, da sua escola, de vcs. Vamos por tudo aqui. O blog é nosso!!!
Beijossssss

Poemas, desenhos e cartas


André e Marcos Vinicius. Que tristeza se ficar longe de quem se gosta. Olha só a cara dos dois.
Beijão

***


A Lua e o Sol

A lua brilha
E o sol chora
A floresta ama
E o amor chora

A lua canta
E eles amam-se
A nuvem dança
E lança a todos uma
Nova esperança

Felipe A. Alves, Henrique D. Souza, Nilton N. Junior
Gostei muito dessa nuvem que dança. Acho que vou escrever uma história sobre ela. Felipe, Henrique e Nilton, vcs me deram uma boa idéia.
Obrigada e beijo.
***
Oi, Sol.

Sou o Jefferson da 5 série A, e queria te dizer que adorei aquele encontro de você com a Lua, senti uma coisa especial, e queria saber o que você sentiu também naquela hora linda, em que você a engoliu com seus raios...Tchau !!!

Jefferson
Oi Jeferson, o Sol diz que ficou emocionado e feliz. Foi uma coisa especial para ele também. Beijo e tchau.

Poemas,desenhos e cartas


Mateus e Thiago esse desenho do Sol e da Lua se abraçando ficou 10 heim? Sabem o que mais gostei? Das duas estrelinhas que estão lá em cima espiando. Beijão
***

A paixão

O amor acabou
E a paixão terminou
E a Lua e o Sol
não se encontraram

Os animais foram
falar com mãe natureza
para tirar toda tristeza

Do Sol e da Lua
Que amanhece e entardece
nossas vidas

Mãe natureza criou o eclipse
E o eclipse fez com que
Lua e Sol se encontrassem
E vivessem felizes ate o
resto de suas vidas

Luana Aparecida da Silva e Paloma S de Araújo Pereira
Luana e Paloma, adorei a poesia da paixão. Sorte que acabou bem não acham? A Mãe Natureza foi muito esperta. Beijinhos para vcs.
***
Olá, Mãe Natureza !!

Você foi muito gentil e realizou um desejo muito importante do Sol e da Lua.
O eclípse foi muito preciso para nascer Macunaíma. Muito importante e muito bonito.
Tchau, Mãe Natureza e não se esqueça que adorei a história e por isso que escrevi essa moral : O amor não é impossível !!
Beijos,
Andre Silva de Oliveira
André, obrigada que vc gostou da história.Eu também concordo com a sua moral, viu? Na verdade eu acho que nessa vida nada é impossivel, basta a gente querer muito. Beijo para vc e obrigada.

Sunday, October 22, 2006

Cartas e poemas

Mas vamos aos lindos trabalhos de vocês


Um coração apaixonado

Existe um amor
entre o sol e a lua
que atravessa as fronteiras
entre o sofrimento e a dor

E apesar da saudade
é um amor puro
e de verdade

E que sempre vai durar
cada vez mais forte
uma paixão que vem do peito
e leva até a morte

Esse amor era tão triste
e em conseqüencia disso
criaram o eclípse

Luca Ferreira e Rodrigo B. Natal
Luca e Rodrigo, bonito demais. Agora, quando virem um eclipse, vão saber que é o Sol e a Lua se abraçando.E abraçar as pessoas que a gente gosta é uma das melhores coisas do mundo não é? Beijo pra vocês.
***
Oi, Lua

Sei que não nos conhecemos muito bem, mas queria lhe perguntar como vai o seu amor com o Sol ?
É, mas vamos mudar de assunto, não é isso que importa agora, e sim nos conhecermos um pouco mais. Somos Monique e Gabriela. A Monique tem 12anos e eu tenho 11.
Queríamos muito ser suas amigas, por isso estamos lhe mandando esta carta, espero que a receba de bom coração e aceite a nossa proposta !
Beijos,
Monique e Gabriela
Olá Monique e Gabriela. A Lua diz que o amor dela pelo Sol está cada dia mais forte. E diz também que fica muito feliz em aceitar duas amigas como vocês.Manda um beijão.
***
O amor impossível


O amor mais impossível do mundo :
Lua e Sol
Pois era como invisível

A Lua se apaixonou
pelo Sol,
e o amor a fisgou
como um anzol

E Deus para esse
amor realizar
fez o eclípse
sobre a Lua

Macunaíma foi o fruto
desse amor
O impossível
que Deus realizou

Quando Macunaíma foi viajar,
os invejosos decidiram
a grande árvore matar

Quando Macunaíma voltou
viu sua árvores morta,
entao pediu a Deus
que trouxesse sua árvore de volta

Seu pedido
Deus realizou,
com muito carinho, fé e amor

Macunaíma muito feliz ficou
e seu coração de amor completou

E o fim dessa história chegou
E esse romance nunca mais acabou
Tainara Rodrigues de Souza e Ana Carolina Silva Frutuoso

Olá Tainara e Ana Carolina, gostei muito do poema. É importante cuidarmos das nossas arvores não acham? Sem elas a vida seria quase impossível.Beijo para as duas.

***

Oi, Mãe Natureza.

Sou a Jennifer Ellen, estudo na EE Prof. Juvenal Machado Araújo, na 5 série A.
Eu queria te dizer que adorei a história do Macunaíma e que você faça uma árvore nascer para Macunaíma parar de chorar.
Vou adorar muito se você me responder.
De sua amiga desconhecida

Jennifer.

Olá Jennifer. A Mãe Natureza pede que eu lhe diga que ela já providenciou uma nova árvore.Mas manda lhe dizer também que a tarefa de plantar árvores é de todos nós. Ultimamente andamos maltratando muito a Mãe Natureza. Precisamos tomar cuidado com isso. Beijão.

O povo macuxi

Vou contar a vocês um pouco sobre os macuxis.

Muitos povos vivem em Roraima. O macuxis, o yanomamis, o paurepang e vários outros.
Os macuxis são a maioria, uma população calculada em 20 000 pessoas.
Hoje são aculturados, isso quer dizer que já vivem de uma forma mais parecida com a dos brancos. Moram em aldeias, e mesmo nas maiores delas as casas de tijolo estão ao lado das que ainda são de barro e cobertas com folhas de palmeira. São grandes vaqueiros e cavaleiros.
Nas escolas da aldeia eles aprendem três línguas: inglês, português e macuxi. Isso é muito importante, a língua de um povo não pode se perder. Tem um poeta brasileiro, não me lembro qual que diz: minha língua é minha pátria. E isso é verdade. Vejam, como é possível ser um cidadão sem dominar perfeitamente sua língua? Isso mostra a vocês a importância do estudo da língua portuguesa. Apesar de todas as dificuldades em que vivem os índios fazem questão de preservar sua língua.
Como todo povo índio eles reúnem-se para ouvir as histórias contadas pelos velhos. A isso se chama história oral. Assim que os índios passam de pai para filho, há muitos séculos, as aventuras dos seus antepassados. Índio não escreve livro, índio conta suas histórias.
Vivem da criação de gado e da agricultura. Muito pouco da caça e da pesca.
Por estarem mais longe dos centros brancos tiveram sorte. Ainda sobrevivem 20 000 deles, o que é uma raridade nesse país. Centenas de nações foram dizimadas, centenas de línguas desapareceram desde que o Brasil foi descoberto, vitimadas pela ganância do povo branco.
Hoje os macuxis lutam para que suas terras sejam demarcadas. Embora isso já exista em lei ainda não foi aplicada. Vocês podem pedir para sua professora de Historia que lhes explique essa coisa de demarcação de terras indígenas. É importante que saibam que, no Brasil, principalmente aqui no Norte e nos confins do Mato Grosso, nossos índios ainda são vítimas da exploração do homem branco. É preciso que todos nós saiamos em sua defesa.
Um país só pode crescer se souber conviver e respeitar sua diversidade.

Existe um site do Instituto Sócio Ambiental que merece ser visitado por aqueles que se interessarem em aprender mais sobre nossos índios. Vejam clicando aqui: Inst.
Sócio Ambiental povos indígenas do Brasil.
Existe também um projeto da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ) muito interessante para escolas como a de vocês. Peçam à Diretora Vânia e professora Ivaneide que espiem nesse endereço. Quem sabe possam participar. Projeto Tesouros do Brasil
Abaixo algumas fotos para que vocês possam ver o povo macuxi. Vejam, quando a gente publica fotoss ou textos que não são nossos é preciso que se publique também o nome do autor, ou fotógrafo. Isso se chama respeito aos direitos autorais e é uma coisa que também podem pedir para a Prof. Iva explicar. Mas eu não tenho esses nomes, portanto vai sem nome mesmo.
Família macuxi

Dança macuxi

Crianças mucuxis. Essa foto da direita eu sei que é do Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo. E é BRASILEIRO

Festa macuxi.

Mais dança macuxi

Saturday, October 21, 2006

Macunaima

Olá meninada
Fiz esse blog aqui para poder mostrar todos os trabalhos que vocês estão fazendo sobre minhas histórias. E responder as cartas também. Fiquei impressionada com as coisas bonitas que escreveram, com os lindos poemas e estou agora esperando os desenhos. Vou colocar todos que chegarem até mim. E quero dar parabéns. Parabéns para vocês, aos seus pais, para a Prof. Iva e para a diretora da escola. Conhecer um pouco a Amazônia é quase descobrir um novo Brasil. E se preparar para cuidar dele, afinal é o nosso país. Vamos fazer isso juntos. É importante saber mais sobre nossos índios também. Centenas de meninos e meninas como vocês, que também estudam, brincam e amam a terra em que nasceram.
Mas vamos deixar de falatório e trabalhar.
Primeiro vou por a história do Macunaíma e umas fotos para vocês verem o Monte Roraima, onde ele nasceu.
Vamos lá
Macunaíma
Lenda do povo Macuxi, habitante de Roraima, fronteira entre Brasil e Guiana.
População: 20 000 pessoas.

O Sol estava apaixonado pela Lua, a Lua pelo Sol e era um triste caso de amor. Todas as manhãs ele se apressava para chegar ao céu, na esperança de ainda encontrá-la. Era inútil. Ela já havia ido embora. Nas tardes ele tingia as nuvens de todas as cores do arco íris, enfeitava-se de vermelhos e amarelos pensando que sua amada ia chegar. Mas ela sempre demorava e ele tinha que partir. A Lua se desesperava. Também ela corria atrás do Sol. Às vezes minguava, chorando inconsolável, às vezes enchia, ficava enorme e luminosa, toda plena de esperança. E por milhares de anos foi assim. Um amor que não se consumava. Em algumas tardes, a Lua conseguia escapar e vinha espiar o Sol, mas estava ficando tão fraca que ele não a percebia.
Nas terras de Roraima, na montanha mais alta, existia um lago muito azul e cristalino formado pelas lágrimas da Lua quando chorava pelo Sol. Ela passava noites e noites ali, debruçada, lastimando-se de saudade, lamentado a ausência do amado, derramando-se em dor e tristeza. Tanto chorou que os pássaros e os animais da floresta foram interceder por ela junto a Mãe Natureza. Ela ouviu-os atentamente e respondeu:
- O que me pedem é impossível. O Sol deve iluminar os dias e a Lua as noites. Essa é a ordem natural do mundo e não pode ser alterada. Um dia esse amor vai acabar como acabam todos os amores.
Milhares de anos se passaram e nada. O amor dos dois era cada vez mais forte e mais sofrido. O pequeno lago de lágrimas estava quase transbordando e os pássaros preocupados voltaram a procurar a Mãe Natureza. Penalizada com toda aquela tristeza ela resolveu dar um jeito na situação. Era preciso que eles se encontrassem ao menos de vez em quando. Depois de muito pensar ela criou o eclipse.
Um dia o Sol cruzou com a Lua no imenso céu azul. Ele, imenso e resplandecente, a engoliu toda em um enorme abraço de amor. Os pássaros e os bichos ficaram imóveis e calados diante de tanta felicidade. O mundo apagou-se por algum tempo para permitir aos dois maiores intimidades. Foi então que as franjas de luz do Sol, que brilhavam em volta da Lua, se espelharam no lago da montanha. As águas, feitas da dor de saudade, agitaram-se com alegria e delas nasceu Macunaíma, o curumim das montanhas de Roraima.
Macunaíma foi adotado pela tribo Makuxi e ali cresceu até tornar-se um guerreiro inteligente e corajoso. Tinha bom coração e foi escolhido por Tupã para ser o guardião da “Árvore de todos os frutos”, que existia perto do lago. Era uma árvore imensa e com um tronco tão grosso que seriam necessários dez homens para o rodear. Nela brotavam bananas, abacaxis, tucumãs, pupunhas, açaís e todas as deliciosas frutas que existem. Tinha sido um presente de Tupã pelo nascimento de Macunaíma, só ele podia recolher os frutos da árvore e dividi-los entre todos os Makuxis. A cada lua Macunaíma dirigia-se para a árvore, seguido pelas mulheres da aldeia que carregavam grandes cestos trançados com fibra de buriti. Os índios regalavam-se com aquelas gostosuras, havia fartura e as crianças cresciam saudáveis e fortes.
Passadas muitas luas, a ambição e a inveja começaram a tomar conta de certos corações na tribo. Alguns índios diziam que Macunaíma deveria tirar galhos da árvore e plantá-los para que nascessem muitas árvores como aquela. O herói dizia que Tupã havia proibido isso e que a árvore era de Tupã; deviam, portanto, obedecer-lhe.
Certa vez Macunaíma teve que fazer uma viagem e os índios invejosos, aproveitando-se de sua ausência, foram até a árvore e tentaram colher seus frutos. Cada fruto que tocavam escapulia e arrebentava-se no chão. Enfurecidos, arrancaram muitos galhos e foram plantá-los perto dali. A árvore começou a murchar e morrer.
Quando Macunaíma voltou, as mulheres, chorando envergonhadas, pegaram-no pela mão e levaram-no até a beira do lago. A “Árvore de todos os frutos” estava morta e dela só restava uma enorme ramaria seca. Macunaíma ficou furioso. A raiva dele foi tão fulminante que toda a floresta pegou fogo. Depois disso as árvores se transformaram em pedra, os pássaros voaram para longe, os bichos desapareceram e os rios secaram. Os índios então conheceram a fome, apareceram doenças e começaram a morrer. Alguns fugiram para outras terras, dispersando-se a tão valente aldeia Makuxi.
Dizem alguns pajés que, até hoje, quem for ao Monte Roraima vai escutar os gemidos de Macunaíma chorando pela árvore de Tupã.
vera do val
Agora vamos descobrir onde fica o Monte Roraima. Vejam no mapa grande, lá em cima, verdinho, o estado de Roraima. Longe não é? No mapa menor está localizado o monte que também se chama Roraima. Lá que essa historia aconteceu, como contam os índios macuxis.

O monte Roraima é o sétimo ponto mais alto do Brasil, tem 2727 metros de altitude. Reparem que ele tem uma forma esquisita que se chama “forma de mesa”. Faz parte de um grupo de montanhas chamadas de Tepui. Só uma parte dele encontra-se no território brasileiro, o restante divide-se entre a Venezuela e a Guiana Inglesa.

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